quinta-feira, 6 de março de 2014

Quando a noite silencia



Quando a noite silencia


... e a madrugada irradia a sua luz
mágicas réstias
de lembranças dormidas
tomam formas de estrelas.

Imune ao teu som
isenta do teu tato
silencio também meus olhos
sedentos e cansados e gastos
por tantas luas dormidas
na solidão.

... e o tempo
esse vilão, me anoitece
rápido demais.

                    ***imagens google***

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Alienação

































Porque desejo esse alguém
 
que me invade e me ocupa
 
que me usurpou a palavra e o gesto
 
me fez estrangeiro do meu corpo
 
e me deixou mudo, 
 
contemplando-me.




Do "Poema da minha alienação"


      ***imagens google***


















terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Voos



Voos


E tudo se vai sem deixar expectativas. O que tinha asas, voou. O que era para ser semente, talvez tenha florido e seus frutos se darão a conhecer em outros dias.

Sobraram as pedras. A frieza de uma tormenta que já não se finda.

As folhas se foram. Sempre inverno, mesmo quando o sol se destaca em escaldantes labaredas avermelhadas inundando de calor a tarde.

Sem promessas e o que soava eterno apenas deixou de ser o foco. Dissipou-se. Perdeu se em meio à confusão dos dias.

Aquela alegria, aquela pela qual se lançaria em queda livre, deixou-se ir em um final de uma tarde de verão. Uma tarde qualquer, uma tarde que levou a alegria quando em última vez foi ouvida a palavra que dá todo sentido. Aquela que permite a um sonho específico que aconteça.

.....

Hoje eu olho para tudo que me trouxe flores e choro. Chorao a perda. Choro a partida. Choro todas as dores que o  mundo inventa dia após dia. Sonho após sonho. Um sol após outro sol. 

... e assim se vão as noites. Vazias de encantamentos e cintilar de estrelas. Só um coração quebrantado.


                                 ***imagens google***

quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

Tudo é Crepúsculo.



Tudo é Crepúsculo.



... e nos momentos em que a alma se cala
palavras se consomem por si só
todas as vozes se ocultam
sem confissões
sem declarações
sem prenúncios de sonhos.

Apenas uma sirene
que desesperada apita
sobressaltando a madrugada
que recém fechou meus olhos.

Onde estarão as canções
onde estarão as notas
tantas notas interrompidas

Talvez repousem dormidas
às margens de algum dia.

...

Faz-se o silencio das cores.
Tudo é um crepúsculo.
Absoluto...
anoitecido.



***imagens google***




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