quinta-feira, 21 de junho de 2012

As flores migram



As flores migram


Tenho me cansado tão facilmente de tudo. Aquilo que me sorria aos olhos, hoje se fecha sem o menor brilho. As crenças, fantasias e loucas ilusões que me foram tanta alegria, deixo-as inanimadas para trás. Não soletro mais os dias. Obrigo-me a esquecê-los ainda que lentamente. Já não possuo ou não me possui a ânsia de retê-los em demasia e afagá los de ternura incerta...

Ganho certa altura e vôo rápida por entre as pequenas canções que tanto brilho me fizeram sentir....

Deixo-me ir... Tenho que afinal passar. Tenho que passar, para que não se desfaçam minhas asas... E passo. Sem conhecer direito, sem comprovar as hipotéticas ilusões de amor sem fim, que se me criaram envoltas em tantos dias de tênues descobertas...

Lampejos de uma luz tão nítida que me fez desacreditar que houvesse outro ofuscar senão aquele. Brilho era que me infiltrava a noite tornando em mágico vindouro dia.

O que está em mim afinal? Mistérios, flores, céus de iluminadas noites de inspiração onde canções e alegrias se tornaram um só?

Um só. Instantes, mistérios... E para todo o sempre um só crer no dia que viria... Que viria um dia cuja luz imortalizasse pele, alma. A sagacidade dos olhos retidos descobririam que se pode crer no impossível...

As luzes não se retiveram... Propagaram-se em barulhos por onde se aqueceram e até onde o foco alçou clarão.

Um dia foi feito numa noite. E, me vi como quem se vê num espelho morno, claro, quase transparente e de uma louca, branda e sumidiça espera. A tão sonhada espera pela vida em cores. A espera pela vida cujo foco fosse sempre a luz... luz, Luz, LUZ...

Não há saída... Mas, aquece-me lembrar que sempre há vida onde as flores migram para lugares de calor... Há sim uma espécie de vida. E, as flores costumam migrar. Vão para o ponto em que a luz se deixe mais facilmente encantar e assim, encontram-se novamente num raio sem fim de céu que nasce a cada novo dia em que o sol acorda...

O sol sempre acorda.
Um dia depois do outro.
E todas as flores migram.
Ah! Elas migram...

 

  

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sábado, 9 de junho de 2012

Paz e Harmonia






Paz e Harmonia
                                      Andrea Cristina Lopes



Que a noite repouse
suaves melodias...
E cada sonho sonhado
seja uma parte paz 

- e uma outra -

toda harmonia...
 


segunda-feira, 14 de maio de 2012

Devido tempo ao Tempo









Devido tempo ao Tempo

Quais passos são,
presumidamente, precisos
Para levar o indivíduo
a si próprio reconhecer

Quantos nomes
em outros nomes são cabidos
Até que pêndulos
vincados no tempo
possam se desfazer

É preciso muito mais
que uma simples lâmina
Para espaçar o que se quer
e o que não

É cabível muito mais
que os argumentos
Para admoestar-nos
a uma nova convicção



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sexta-feira, 11 de maio de 2012

CREPÚSCULO


Crepúsculo
                                               Andrea Cristina Lopes


Entardeço-me de meu tempo
Sigo ausente de mim mesma
posso voar para longe
-  posso ser breve-

Lenta, talvez, ser densa
de tanto resignar meus olhos
com essa música
que me inebria de vida
- de querer vida -

É quase um mantra
esse nome que em meus lábios
tomam a forma certa
sem persuasão
- tempo, espaço, fim -

São sons de asas,
são meus antigos sonhos
em tantas ruas pousados.
São falas perdidas no passado
- tão adormecido de sonhos -

São finas luzes,
iluminando as estradas
denominação definitiva
de tudo aquilo que me professa
para um longuíncuo
além de mim
essa razão de que amar
- é absoluto e infinito -
...
- nessa sempre tua presença-
- essa sempre tua saudade-

 
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quinta-feira, 10 de maio de 2012

No entardecer



No entardecer

                Andrea Cristina Lopes

Encanta-me a poesia que entorpece
suave voo onde os anjos cantam.
Nela, sombras são dissipadas
para um além noite e um além dia...

Além do tempo que de ardis
corrompe os traços joviais
para tão depois desse espaço
simples e complexo, cuja vida
escassa, se é delimitada.

Aquece-me esse roçar de assas
esse silêncio voraz pós dia
que cala somente
p'ra não professar os não vires
e entristecer o novo tempo.

E essa chama que grita
é toda resguardada em flor
em pura  essência de alma
cuja vaga luz jaz silenciada
nas cores douradas
de cada sol que se despede
para dar início à noite.

Aflita de espera, a tarde sorve
derradeiro brilho em linhas
mãos brancas de anjo
encanto de um outro dia
começado no alvorecer
mas, que ora
é uma vez mais
findado.



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sábado, 28 de abril de 2012

Do Novo



Do novo
                   Andrea Cristina Lopes


Quisera rumar meus olhos
Meus sonhos a todo instante
Para onde constante me chame
O sussurro suave da canção.


Quisera que o amor,
Embora, o mesmo, fosse novo
E a todo novo dia ter
A alma mais jovem.


Assim, aos olhos 
Seria então distante
... toda e qualquer ...
Réstia de sofreguidão.


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Até o infinito



Até o infinito...

♥♪ ⊱✿◕‿◕✿⊰♪♥ ♥♪ ⊱✿◕‿◕✿⊰♪♥

E de repente
uma dor estranha
se faz tão presente no ar.

...e, só há um lugar para onde ir...

É um lugar de magia presente
onde a música dizia
tudo que se quereria falar.

O dia em que o infinito se deu...


Andrea Cristina Lopes


♥♪ ⊱✿◕‿◕✿⊰♪♥♥♪ ⊱✿◕‿◕✿⊰♪♥


domingo, 22 de abril de 2012

Pensamentos



Pensamentos 

                     Andrea Cristina Lopes


Quem é você, quem sou eu?
profusão de sons que se aprofundam 
quase a um toque do vento
numa clareira de lua
nítida e longuincua
na calma da noite adentro...


E quem são os de sóis, 
quem são os  de momentos, 
alegria em sobrevoo a meus olhos
nuança  de um sol inteiro
que se dista e logo vai
dissolvido no tempo...


Quem é você, quem sou eu?
que mesmo quando não somos, 
somos tanto e nos queremos 
de formas sempre tão iguais...


Quem sou eu, quem é você 
nesse dia que termina voraz
de tênue luz, total de azul
onde as cruzes de estrelas 
a cada momento só brilham mais...


- olhos que olham-
almas que esperam
noite que cala lábios 
e encerram os sonhos.




         ***imagens Google***