sexta-feira, 22 de julho de 2011

Luz dos meus olhos


Luz dos meus olhos
          
             Por Andrea Cristina Lopes



Se ora me brilha nos olhos
essa luz que de leve passeia,
é que adentraram os teus olhos
feito a lua, quando é noite
em margem espelhada de areia.

…......

É presença tua que me indaga
e que me achega em definitivo
inesperados pelo labirinto
desses meus trôpegos olhos
passivos,
o brilho que não se apaga.

….......

E essa paz que ora me vaga
é fruto dos teus olhos vivos
que dançam, me abalam serena
e passeiam pelo recinto
dos meus frágeis olhos cativos.





                           Brasil, julho de 2011.




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terça-feira, 19 de julho de 2011

Asas


Asas
Por Andrea Cristina Lopes


Há um tempo certo
em que a música toca
e na melodia que suave flui
fluem também todos os sonhos
isentos do ser
e de seu ter razão.

Há um momento certo
em que os encantos se afloram
permitem-se percorrer o firmamento
em busca de um vão no tempo.
Por que a visão
já não se achega aos olhos
mas, coração e alma se juntam
e a mágica acontece.

Há um olhar cativo
que dispersamente
se perde pelo infinito.
Há uma busca.
Uma não compreensão
e um sentimento que se estende
aquém às vistas,
ao que se percebe.

E então, eis que há
uma vontade submersa.
E nessa eloqüência pela vida
nada mais faz sentido
a não ser que teus olhos me encontrem
além deste perplexo
e vago horizonte
...
tão separado e perdido.




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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Não há Amor

Não há Amor
                                 Por Andrea Cristina Lopes



Não há o amor
Só a paixão é o que há
É a paixão que desliza
Suaves dedos
Em pele sedenta
De toque.


Não há amor
Por que esse é antídoto
E a paixão que ora queima
É veneno suave
Que ao passo que te tem
Muito mais se quer aceitar.



Ainda não há o amor
Posto que habita
Em teus lábios perfeitos
O furor das cascatas
Que de leve tocam
E logo fogem
Com receio da entrega



Só há dos teus olhos
Um fogo brando
No qual que me lanço
Com toda ânsia e sede
De por inteira
Deixar-me
Incendiar.

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terça-feira, 12 de julho de 2011

Os entretons do vento




Os entretons do vento
                                                    Por Andrea Cristina Lopes


Que nuança basal predomina no vento?
Claridades, sagrações que tem seu tocar,
Ou serão penumbras, tristes variantes,
Soprando alheio a quem não cinge o a.mar?

Qual o gosto sobrepujante no vento?
E quão tátil é seu regelado beijar?
Serão as canduras, antídoto ou segredo
Que deslumbram e induzem o caminhar?

De que será feito o azul firmamento?
Castiçais pacíficos de contínuo alumiar,
Ou um lume que vaga e precipita o tempo?

Serão de estrelas, sóis e prata alva do luar,
Ou cadentes estelares em traçados oblíquos,
Animando a espera do quem sabe acreditar?




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sexta-feira, 8 de julho de 2011

Dos teus olhos


Dos teus olhos
Por Andrea Cristina Lopes


Dê-me urgente de teus olhos
Deixa que me preencha essa emoção
Dê-me com urgência de teu olhar
E dessa suavidade que há apenas
Na docilidade das tuas mãos

Dê-me breve de teus toques macios
E de sua voz, legítima sedução
Embale-me os sonhos todos, de amores
Embale-me frágil
De inebriante paixão

Sussurra-me doce
E aos quatros ventos
Espalhe essa chama
Renova-me a vida
E brilho do olhar

Recolha-me as lágrimas
Em teus beijos lenços
E convença minha alma
De que dessa vez
Vieste-me para ficar.




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Amêndoas Doces

Amêndoas doces

Amêndoas Doces

                    Por Andrea Cristina Lopes


Teus olhos são doces amêndoas
Entre dez mil luas, macias.
São ... Enfim, a poesia
Completa ... Já pronta,
Sem carecer de intervenção.
São hierarquias sólidas
Vagas, onde me refugio.
      ...
São as adagas certeiras
Vorazes ... Acesas
São desvario.
Que me furtam
Da razão.





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sábado, 2 de julho de 2011

Momentos ainda Verdes



Momentos ainda Verdes
                                                      Por Andrea Cristina Lopes



E, no entanto, meus olhos
Não tão sapientes,
Silenciosamente dançam
Mãos dadas com teus verbos
Subjuntivos e enlevados

Numa doce ventania

E provo do teu tempo
Experimento meus pés
Desnudados
Saltitando leves
Por sobre pétalas macias
Sem passado
E nem saudade
...
Apenas o agora
simples e sem quimeras
Sôfregas... Atônitas
Postadas em eternidade











































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