De posse dos Teus Olhos
E, nessas perspectivas
Crio artifícios para esconder-me do tempo
Evito contá-lo
Evito olhá-lo de frente
Para que não se aperceba
Da minha presença aflita.
De posse,
Olho teus olhos macios
E entremeio teus braços fortes
Guardo-me do mundo
Num tempo só nosso
E infinitamente válido.
Saudade, então
Já deveras esquecida
É banida para um mundo distante
Sem sol, sem chuva, nem vento
Apenas constelações
E paragens de sonhos
As mesmas que nos farão eternos
Enquanto juntos
...
E por amanhecer.
Brasil, 09/2011
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