sexta-feira, 27 de maio de 2011

Vivificar-me




Vivificar-me


É tomar parte d
e teus olhos céu
Num dia recém aberto
e, bem vindo

...

É emaranhar-te às vivas cores
ao meu rosa febril
de final de tarde
de domingo







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Tocando Estrelas





Tocando Estrelas
                 By Andrea Cristina Lopes




Se não estão as estrelas do céu
Dispostas às minhas mãos
Re.Colho as estrelas do mar
Dispersas e alastradas pelo chão






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domingo, 22 de maio de 2011

Que dourem os Sonhos, Num Novo Dia

  



















Que dourem os Sonhos, Num Novo Dia
                                                                                      Por Andrea Cristina Lopes


Por hoje o meu dia termina!
Meu tempo passa
Sem gracejos de pássaros pelo céu!
...
Já me é noite e o silêncio ... um mausoléu
Que me acua, me abrevia em afoitos ritos
De relva dentro em mim e, assim
Nesse olhar paciente torno a ser só a lua
Esmaecida e estendida, de alma nua
Pelos céus azuis de macio cetim

Submersa e destoada de cores ouço-lhe as asas
Dos pensares, onde os pesares são brumas
Plumas rasas, borboletas que me voam dentro
...
Sobrevôos por meus extintos sonhos amenos
Num bater suas asas descompassadamente
Desse tempo antiquado em que meu legado
É semear, espalhar e crer no além  plantio

Sempre no intento que sóis  e chuvas me venham acudir
E as tempestades e ventos se atenham em não vir
Não sabotem e,  não induzam meu sentido
Dando-me e acatar que meu  fim se achega

... Em passos lentos e sensatos...

Sem rimas, poemas e/ou afins
Que me possam devolver
Ao que perdi
...
De mim!





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sábado, 21 de maio de 2011

Intempéries



Intempéries

             Por Andrea Cristina Lopes


Por vezes surpreende-me
Uma súbita volta ao pranto
E acaricia-me
Um imenso vazio.

Por vezes é o sol que me acolhe
Aquece-me a pele pálida
E seca-me as lágrimas
Chega-me para a alma
Um dia a mais de estio.





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segunda-feira, 16 de maio de 2011

FACES




Faces
     Por Andrea Cristina Lopes


Quem é você
que libera-me abstrata
em desejos matinais
que de tão irreais
passam a submissos
quase uma poesia
breve, afoita, aflita
em doces doses de feitiços?


Quem é você que desmancha
e lança-me para o alto
além do azul
aquém às expectativas
além do que ouso
a uma voraz vida
livre de sobressalto?


Quem é você que apascenta
representa minhas lutas
labutas, intentos, tentativas
e mantém-me viva
protegida até de mim
e não permite que eu pense
quando sagaz me convence
que me dista o fim?


Quem é você
esse ser ora luz ora breu
e que de tanto ser eu
se fez morada
nessa escassa poesia
quase ativa e meio viva
que ora habita em mim?



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Revivo-te



Revivo-te
       
Por Andrea Cristina Lopes


Emergente
Saliente em cada traço
em que a tinta fresca
suavemente ecoa.

Recolho-te as lembranças
e delas recomponho
tuas histórias
desprovidas de nexo.

Um vento oportunista
nos absorve, sorve
meio sem tempo
meio que à toa.

Recrio teus olhos
fictícios, ensolarados
mantenho-me acordada
nessa nossa inversão.

Ilusão transitória
onde paixão era febre
fazendo-nos os reféns
em nossas próprias memórias.




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domingo, 15 de maio de 2011

Desditos



Desditos
         Por Andrea Crisitina Lopes


E coisas que eram absolutamente minhas
Já não tão minhas, olham-me
Encabulam-me, perambulam
Entre os espaços vagos
Nos lugares escondidos
No recôndito de minh´alma,
D´antes em chama.


E de tantos fins
Que nunca tiveram começo
Já não resta sequer o apreço
Pelo que sucedeu aos dias áridos
Antepostos à partida.


E dos gritos que soavam vida
Só as lembranças ecoam
Frias invenções que doem
Tênue, então se finda
O esperado e sonhado dia
Que se faria nosso eterno
“Juntos", enfim.




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sexta-feira, 13 de maio de 2011

Reinvenção


Reinvenção



Leva-me, ó sagrado e terno amor
Ao lugar onde repousam, lentos
E brandos de silencio, os teus passos
Sem pressa, sem máculas
Alheio, desatento de todo e qualquer temor

Colhe-me em fins ensolarados de tarde
Ante ao mar bravejo, ora em maresia
Repousa-me suave em teus braços leitos
Quando a noite insana levar-nos sorrateira
O novo e esperado dia

Revive-me, ó eterno amado
Na graceja esperança de que o frio se vá
Traga-me à tona, externa-me aos teus olhos,
Seja então meu brilho
A captar as flores que a primavera dirá

Inventa-me, amor
A qualquer luz, todo tempo, infinita chama
Sopra-me a vida, uma nota, sobre luz
Posto que esse dom, só possui aquele
Que se torna infinito enquanto ama




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