domingo, 16 de outubro de 2011

De Manhã



De Manhã

                  Por Andrea Cristina Lopes

Não sejamos surpreendidos
Pelo sol que se abre em cortinas matinais
Aguçado pelo desejo
De nos despertar do ainda repouso.

Seja antes, nosso amor
Um próprio dia novo
E um sempre recomeçar
Sempre seja pássaro
Em direção ao pouso.

E depois de enternecer-se
Pelos instantes que ultrapassam a noite
Sem mácula alguma
Logo que a escuridão termina.

Sejamos também, um dia pleno
Iluminado pelo sol ... Seu intuito supremo
De jamais arrefecer
E.. Seguir pacífico

... Sereno

Pela sua incansável rotina.



                     

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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Displicentes



Displicentes
                        Por Andrea Cristina Lopes


Meus olhos te seguem
Seja qual for a direção que o vento tome
Seja qual for o som
Bramido pelas ondas insanas
Da minha saudade
Sem designação de um nome
Que já não seja o teu.

Até breve, até qualquer lua
Até qualquer passo displicente pela rua
E por sua vez, que meus olhos abstratos.
Sejam de novo subtraídos
...
Límpidos, desapressados, não distraídos
Junção de teus irrequietos olhos
Novamente
Com a calmaria
...
Destes meus.





Brasil, outubro de 2011.



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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

De posse dos Teus Olhos



De posse dos Teus Olhos



E, nessas perspectivas
Crio artifícios para esconder-me do tempo
Evito contá-lo
Evito olhá-lo de frente
Para que não se aperceba
Da minha presença aflita.

De posse,
Olho teus olhos macios
E entremeio teus braços fortes
Guardo-me do mundo
Num tempo só nosso
E infinitamente válido.

Saudade, então
Já deveras esquecida
É banida para um mundo distante
Sem sol, sem chuva, nem vento
Apenas constelações
E paragens de sonhos
As mesmas que nos farão eternos
Enquanto juntos
...
E por amanhecer.




Brasil, 09/2011

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terça-feira, 9 de agosto de 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Luz dos meus olhos


Luz dos meus olhos
          
             Por Andrea Cristina Lopes



Se ora me brilha nos olhos
essa luz que de leve passeia,
é que adentraram os teus olhos
feito a lua, quando é noite
em margem espelhada de areia.

…......

É presença tua que me indaga
e que me achega em definitivo
inesperados pelo labirinto
desses meus trôpegos olhos
passivos,
o brilho que não se apaga.

….......

E essa paz que ora me vaga
é fruto dos teus olhos vivos
que dançam, me abalam serena
e passeiam pelo recinto
dos meus frágeis olhos cativos.





                           Brasil, julho de 2011.




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terça-feira, 19 de julho de 2011

Asas


Asas
Por Andrea Cristina Lopes


Há um tempo certo
em que a música toca
e na melodia que suave flui
fluem também todos os sonhos
isentos do ser
e de seu ter razão.

Há um momento certo
em que os encantos se afloram
permitem-se percorrer o firmamento
em busca de um vão no tempo.
Por que a visão
já não se achega aos olhos
mas, coração e alma se juntam
e a mágica acontece.

Há um olhar cativo
que dispersamente
se perde pelo infinito.
Há uma busca.
Uma não compreensão
e um sentimento que se estende
aquém às vistas,
ao que se percebe.

E então, eis que há
uma vontade submersa.
E nessa eloqüência pela vida
nada mais faz sentido
a não ser que teus olhos me encontrem
além deste perplexo
e vago horizonte
...
tão separado e perdido.




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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Não há Amor

Não há Amor
                                 Por Andrea Cristina Lopes



Não há o amor
Só a paixão é o que há
É a paixão que desliza
Suaves dedos
Em pele sedenta
De toque.


Não há amor
Por que esse é antídoto
E a paixão que ora queima
É veneno suave
Que ao passo que te tem
Muito mais se quer aceitar.



Ainda não há o amor
Posto que habita
Em teus lábios perfeitos
O furor das cascatas
Que de leve tocam
E logo fogem
Com receio da entrega



Só há dos teus olhos
Um fogo brando
No qual que me lanço
Com toda ânsia e sede
De por inteira
Deixar-me
Incendiar.

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terça-feira, 12 de julho de 2011

Os entretons do vento




Os entretons do vento
                                                    Por Andrea Cristina Lopes


Que nuança basal predomina no vento?
Claridades, sagrações que tem seu tocar,
Ou serão penumbras, tristes variantes,
Soprando alheio a quem não cinge o a.mar?

Qual o gosto sobrepujante no vento?
E quão tátil é seu regelado beijar?
Serão as canduras, antídoto ou segredo
Que deslumbram e induzem o caminhar?

De que será feito o azul firmamento?
Castiçais pacíficos de contínuo alumiar,
Ou um lume que vaga e precipita o tempo?

Serão de estrelas, sóis e prata alva do luar,
Ou cadentes estelares em traçados oblíquos,
Animando a espera do quem sabe acreditar?




***** imagens Google******