A arte nossa de cada dia... Poesia, música, culinária natureza e harmonia.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
terça-feira, 4 de fevereiro de 2014
Voos
Voos
E tudo se vai sem deixar expectativas. O que tinha asas, voou. O que era para ser semente, talvez tenha florido e seus frutos se darão a conhecer em outros dias.
Sobraram as pedras. A frieza de uma tormenta que já não se finda.
As folhas se foram. Sempre inverno, mesmo quando o sol se destaca em escaldantes labaredas avermelhadas inundando de calor a tarde.
Sem promessas e o que soava eterno apenas deixou de ser o foco. Dissipou-se. Perdeu se em meio à confusão dos dias.
Aquela alegria, aquela pela qual se lançaria em queda livre, deixou-se ir em um final de uma tarde de verão. Uma tarde qualquer, uma tarde que levou a alegria quando em última vez foi ouvida a palavra que dá todo sentido. Aquela que permite a um sonho específico que aconteça.
.....
Hoje eu olho para tudo que me trouxe flores e choro. Chorao a perda. Choro a partida. Choro todas as dores que o mundo inventa dia após dia. Sonho após sonho. Um sol após outro sol.
... e assim se vão as noites. Vazias de encantamentos e cintilar de estrelas. Só um coração quebrantado.
***imagens google***
quinta-feira, 30 de janeiro de 2014
Tudo é Crepúsculo.
Tudo é Crepúsculo.
... e nos momentos em que a alma se cala
palavras se consomem por si só
todas as vozes se ocultam
sem confissões
sem declarações
sem prenúncios de sonhos.
Apenas uma sirene
que desesperada apita
sobressaltando a madrugada
que recém fechou meus olhos.
Onde estarão as canções
onde estarão as notas
tantas notas interrompidas
Talvez repousem dormidas
às margens de algum dia.
...
Faz-se o silencio das cores.
Tudo é um crepúsculo.
Absoluto...
anoitecido.
***imagens google***
http://www.andreacristinalopes.prosaeverso.net/visualizar.php?idt=4670418
quarta-feira, 29 de janeiro de 2014
segunda-feira, 27 de janeiro de 2014
MOTIVO
Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
— não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno a asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
— mais nada.
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
Um dia lindo e de realizações...
"Sou
feliz só por preguiça.
A infelicidade dá uma trabalheira pior que a doença:
é
preciso entrar e sair dela."
Mia
Couto
***imagens google***
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