Rotas lembranças
Andrea Cristina Lopes
O tempo recompoe linhas
fios brandos,
amargos, doces
que se combinam
entre si
Unem, amarram
perfazer o que já não era
costuram, juntam
entre o aqui e o ali
em curva que desacelera
E nessa máquina ousada
que me acelera o fiar
quero, não quero
calo e grito
tanto me ultraja, o esperar
É uma corente que prende
Liberta-me de meus passos
dualmente macios
e alinhava-me o coração
com ternos
e indolores fios
E audaz
do tempo, então, lanço mão
Esse desgastado, roto
desperdiçado, poluto
onde cerzi toda minha
O tempo recompoe linhas
fios brandos,
amargos, doces
que se combinam
entre si
Unem, amarram
perfazer o que já não era
costuram, juntam
entre o aqui e o ali
em curva que desacelera
E nessa máquina ousada
que me acelera o fiar
quero, não quero
calo e grito
tanto me ultraja, o esperar
É uma corente que prende
Liberta-me de meus passos
dualmente macios
e alinhava-me o coração
com ternos
e indolores fios
E audaz
do tempo, então, lanço mão
Esse desgastado, roto
desperdiçado, poluto
onde cerzi toda minha
recomeçável
desconstrução
*** imagens google***