quinta-feira, 12 de dezembro de 2013

Mutações

   


Mutações

O tempo mudou
Rasgou véus, abriu cortinas
E hoje percebe-se que já não era ele
Que iria solucionar o objeto dos sentimentos
Pelo qual tanto se debatia e desejava.

O tempo passou, e no entanto
Os mesmo sons díspares
Continuam a vibrar...
Há, porém, os que querem se esconder
E há também os que querem ficar.

Para a harmonia falta um pouco ainda
Um pouco de caos, um naco de dia
Leva tempo para que se desedifique
Tantos e tantos conceitos falhos
Para que se levem direto ao chão.

Já não sei se para amanhecer direito
Com os melhores sentidos das palavras
Seja preciso endireitar os olhos
Ou se é virtude do tempo apenas
Esperar ...
Que se mude de rota
De crença...
Ou convicção.

Andrea Cristina Lopes
  




quarta-feira, 11 de dezembro de 2013

Enquanto te esperva



Enquanto te esperava

 
Nem vi que anoitecia
E adormeci
Adormeci na sutileza  de sonhos
Que quase cri verdades...

Silenciosos eram os pássaros
Que de tão dormentes
Fecharam seus cantos
Então, embalei pensamentos
Aturdidos de estrelas
Longínquas... Cadentes.

Revi os dias do futuro
Sonhados dias
Doçuras, no entanto
Perdidas sobre a maciez
De relvas perfumadas
Azuis e rosáceas
Com o nuance da luz
Sobreposta
Sutil, esparramada.
...
Ah! Ensolaradas manhãs
Ainda sob orvalho
Precedendo o alto sol
Pleno de alegria!!!
Ah! Brilho de meus olhos
Estrada única
De lindos segredos
E magias...

Quem dera poder ser noite!!!
Quem dera poder ser dia!!!


Andrea Crisitna Lopes