quinta-feira, 31 de março de 2011

A Madrugada



A Madrugada

          Por Andrea Cristina Lopes
                            
Há noites em que me entorpeço buscando a lua
E quando branca surge ela clareando-me o rosto
Anseio compreender, desvendar -lhe o gosto
Na madrugada fina, infinitamente linda e nua
 
Ai! De estrelas que cintilam suaves
E sob o céu, as cadentes são aves
Noturnas que se ostentam em riscos
Talhando o céu com dourados rabiscos
 
A imensidão é som, é suspiro conciso
De um coração que enlevado se sente
Sob o céu negresco, tablado, dormente
 
Silencio-me, me excedo celeste a admirar
E as estrelas que flamejam e faíscam contentes
Sobre mim são olhos sacros a me abençoar




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