segunda-feira, 6 de setembro de 2021

Segundo tempo

Pausas... Um tempo para assimilação do autoconhecimento


Tempo para imersão nas novas tendências vindouras. Despertar para os fatos mais sutis e que durante uma vida passaram de modo despercebido. Indagar os porquês, tomar conhecimento das nossas mazelas, tomar sua mão e acolher as sombras como uma parte de nós mesmos.

Entender nossos processos e lançar luz sobre as obscuridades. 

O tempo é cumplice. O tempo é determinante. Há que se caminhar para frente para ter exato entendimento sobre o que direcionou o passado. As dores são mestras que devem ser respeitadas e avaliadas em sua tentativa de ensinamento. 

Todo conhecimento externo traz luz sobre o interno do ser. Juntar os fragmentos. Concluir o ciclo e então, lançar-se na nova jornada, arcano inicial, sem pesos, sem culpas, sem excessos... Pouca bagagem, liberação de perdão, do auto perdão e seguir adiante.

Saber e compreender que cada ciclo traz maior amadurecimento, entendimento, de si e do todo. Que a vida é um presente a ser celebrado. Aproveitar a oportunidade de ser, de conhecer, de conhecer-se e de partilhar, de assimilar e assim chegarmos mais perto de ser quem realmente somos. Sem política, sem máscaras, sem disfarces. Num auto acolhimento da nossa criança deixada em alguma margem da caminhada, como já disse Fernando Pessoa.

É tempo. O tempo pede. O tempo lembra. O tempo libera e concretiza.

Bora?!

Andrea Cristina Lopes

Imagem: Arquivo particular.


Imagem: Arquivo particular acrislopes©.