terça-feira, 19 de julho de 2011

Asas


Asas
Por Andrea Cristina Lopes


Há um tempo certo
em que a música toca
e na melodia que suave flui
fluem também todos os sonhos
isentos do ser
e de seu ter razão.

Há um momento certo
em que os encantos se afloram
permitem-se percorrer o firmamento
em busca de um vão no tempo.
Por que a visão
já não se achega aos olhos
mas, coração e alma se juntam
e a mágica acontece.

Há um olhar cativo
que dispersamente
se perde pelo infinito.
Há uma busca.
Uma não compreensão
e um sentimento que se estende
aquém às vistas,
ao que se percebe.

E então, eis que há
uma vontade submersa.
E nessa eloqüência pela vida
nada mais faz sentido
a não ser que teus olhos me encontrem
além deste perplexo
e vago horizonte
...
tão separado e perdido.




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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Não há Amor

Não há Amor
                                 Por Andrea Cristina Lopes



Não há o amor
Só a paixão é o que há
É a paixão que desliza
Suaves dedos
Em pele sedenta
De toque.


Não há amor
Por que esse é antídoto
E a paixão que ora queima
É veneno suave
Que ao passo que te tem
Muito mais se quer aceitar.



Ainda não há o amor
Posto que habita
Em teus lábios perfeitos
O furor das cascatas
Que de leve tocam
E logo fogem
Com receio da entrega



Só há dos teus olhos
Um fogo brando
No qual que me lanço
Com toda ânsia e sede
De por inteira
Deixar-me
Incendiar.

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terça-feira, 12 de julho de 2011

Os entretons do vento




Os entretons do vento
                                                    Por Andrea Cristina Lopes


Que nuança basal predomina no vento?
Claridades, sagrações que tem seu tocar,
Ou serão penumbras, tristes variantes,
Soprando alheio a quem não cinge o a.mar?

Qual o gosto sobrepujante no vento?
E quão tátil é seu regelado beijar?
Serão as canduras, antídoto ou segredo
Que deslumbram e induzem o caminhar?

De que será feito o azul firmamento?
Castiçais pacíficos de contínuo alumiar,
Ou um lume que vaga e precipita o tempo?

Serão de estrelas, sóis e prata alva do luar,
Ou cadentes estelares em traçados oblíquos,
Animando a espera do quem sabe acreditar?




***** imagens Google******


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Dos teus olhos


Dos teus olhos
Por Andrea Cristina Lopes


Dê-me urgente de teus olhos
Deixa que me preencha essa emoção
Dê-me com urgência de teu olhar
E dessa suavidade que há apenas
Na docilidade das tuas mãos

Dê-me breve de teus toques macios
E de sua voz, legítima sedução
Embale-me os sonhos todos, de amores
Embale-me frágil
De inebriante paixão

Sussurra-me doce
E aos quatros ventos
Espalhe essa chama
Renova-me a vida
E brilho do olhar

Recolha-me as lágrimas
Em teus beijos lenços
E convença minha alma
De que dessa vez
Vieste-me para ficar.




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Amêndoas Doces

Amêndoas doces

Amêndoas Doces

                    Por Andrea Cristina Lopes


Teus olhos são doces amêndoas
Entre dez mil luas, macias.
São ... Enfim, a poesia
Completa ... Já pronta,
Sem carecer de intervenção.
São hierarquias sólidas
Vagas, onde me refugio.
      ...
São as adagas certeiras
Vorazes ... Acesas
São desvario.
Que me furtam
Da razão.





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sábado, 2 de julho de 2011

Momentos ainda Verdes



Momentos ainda Verdes
                                                      Por Andrea Cristina Lopes



E, no entanto, meus olhos
Não tão sapientes,
Silenciosamente dançam
Mãos dadas com teus verbos
Subjuntivos e enlevados

Numa doce ventania

E provo do teu tempo
Experimento meus pés
Desnudados
Saltitando leves
Por sobre pétalas macias
Sem passado
E nem saudade
...
Apenas o agora
simples e sem quimeras
Sôfregas... Atônitas
Postadas em eternidade











































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quarta-feira, 29 de junho de 2011

Eu e Meu Existir




Eu e Meu Existir
                           Por: Andrea Cristina Lopes


Só existo quando meu pensamento voa
voa não sei por que sois
que estrelas e luares
ao que teu existir me muda


Nesse ser e não ser
transmudas minha muda palavra
em versares ...
tão densos, atentos
e precisos


Que te chegam a qualquer sina,
ou iluzão... em delirante febre
que te alcançam em brisa
na areia, movediça ou não


Mas, te alça em canção alta
que ouço e con.sinto
por todos os lugares
isentos ou não de mares
in.contidos silenciosa.mente
nos derradeiros cálices
...

Ou nos calem-se,
para sempre
...
Aos amares



Do Livro Nenúfares sob o Luar - 2011/Editora Multifoco.




             ***


terça-feira, 28 de junho de 2011

Olhos de Lua, derretidos


          ***
Olhos de Lua, derretidos
                                           Por: Andrea Cristina Lopes


Já não quero compor
versos desmedidos,
Antes, refugiar-me
nos sentimentos brisa.

- Amenos -
E com menos
da tristeza.

Quero é pousar
os meus versos beijos
na leveza,
dos teus olhos de lua,
derretidos.

***Postagem por e-mail***

      ***


domingo, 26 de junho de 2011

Final de Festa


Final de Festa
          Por Andrea Cristina Lopes

E vão passando no fundo dos meus olhos
Soltas, lentas, insistentemente belas
Vagam-me, ultrapassam-me
E inquirem-me sobre minhas memórias.

Histórias não minhas
Linhas de tempo tresloucadas
Estradas e barulho
Onde os olhos se fecham
E não contemplam mais nada
Apenas sentem as notas
E os acordes finais.

E suas mãos que deslizam
E seus ouvidos que sorriem
E sua alma extasiada
Flutua...

Nessa hora não há nem lua
Nem há madrugada
Só uma fenda entre a noite e o dia
Resguardando suas almas
De amor, saciadas.
*** imagens google***

Juventude













Juventude
                     Por Andrea Cristina Lopes
  
O tempo passa
nossas cores desbotam
nossa juventude voa!

Um belo dia,
nos encontramos
perdidos entre o que hoje é
e o que era, antes.

Tempo impiedoso.


*** imagens Andrea Cristina Lopes***

FELICIDADE


Felicidade
          Por Andrea Cristina Lopes


Felicidade é graça recebida, instante de chuva
em terra ressequida, cores novas, aquarela
é raio de sol invadindo a janela

É poder olhar e ver o tobiano passando
velho e lento ... trotando
um homem em cima assoviando
uma mulher rechonchuda cantarolando
enquanto prepara o jantar

O cheiro da comida saindo
e, invadindo ... Devagarzinho
é a parede lisinha da casa
recém pintada, de âmbar

É a forma que dou às nuvens,
às fofas, com aspecto de massinhas
é vento soprando em brisa fresca
e, banhar-se de chuva no verão

Felicidade é o cheiro da flor
é néctar que atrai o beija–flor
é a paisagem novinha,
depois de chover
...
Felicidade é nascer, florir
e, renascer depois do frio
...
Felicidade é dom, é tom
é uma nota primaveril...
*** imgens google***

sábado, 25 de junho de 2011

Juma Durski da Rádio Rock do Juma



Juma Durski da Rádio Rock do Juma
                                                           Por Andrea Cristina Lopes


Quando pensei em começar um blog, sinceramente pensei em divulgar meus trabalhos, meus sonhos, meu amor pela escrita. E por um bom tempo foi assim, mas como o aprendizado se dá a todo momento, e vem de todos os lados, trato logo de absorver o que se me apresenta. Isso vem a confirmar meus conceitos, minhas ideias e meus ideais. Porém divulgar meus próprios textos, minhas parcas escritas se tornou meio que sem sentido, pelo caminho.

Nada me satisfaz mais do que receber um comentário em um post feito, seja no Face Book, Orkut ou no Blog, sobre algo que eu tenha escrito ou divulgado e com isso eu percebi que sinto-me bem, não exatamente pelo comentário em si, mas por que se comprova meu compromisso com o amor ao próximo e com o ato de levar alguma mensagem que propague o amor, a força interior, a amizade que, nesses tempos que vivemos vem de todas as formas e a mais moderna é a virtual.

Nesse sentido foi que percebi, ao disponibilizar mais do meu tempo, ao dedicar-me mais em conhecer meus semelhantes que tantos, assim como eu, já estão muito mais avançados e descobriram esse caminho bem mais cedo.

Refiro-me a uma pessoa em especial. Um internauta, blogueiro, rockeiro e poeta, que dedica quase que integralmente seu tempo para a manutenção de sua Rádio na internet... E, no blog faz postagens basicamente direcionadas ao conteúdo de Rock, porém, intercala sinceras homenagens a amigos e situações vivenciadas no seu dia a dia. Relacionados à família, à sua concepção de cidadão que feito fera, questiona acerca do que lhe rodeia.

Trata-se de uma pessoa séria, não no sentido de carrancudo ou sisudo, isso ele não é mesmo. Mas na determinação com que age para disseminar suas ideias e levar ao próximo a sua mensagem.

Quando pedi-lhe um texto que seria ponto de partida para essa minha simples postagem, disse-me que infelizmente não tinha e indicou-me o texto abaixo, que coloco conteúdo na íntegra para que ao longo desse escrito, saibam a quem me refiro. Não “quem” nome mas quem pessoa e ser humano que merece ser destacado, pois se esmera em fazer destaque daqueles a quem ama ou admira.





JUMA DURSKI........"O DESPADRONIZADO" *****
                                                             Por Juma Durski

 Aqui em minha cidade, muitas pessoas não tem credibilidade em mim! Apesar de ser honesto, filho de pioneiros, muitos não me levam a sério!

Sabem porque? Porque após os 50, as pessoas estão acostumadas a ver o padrão: Homens sisudos, de camisa branca, calça de linho, óculos grossos e pretos, sapatos de bico fino, barriguinha saltada, rsss. Eu odeio isso !

Homens que só falam da economia, das fofocas da cidade, e que são puxa-sacos dos ricos.
Eu odeio isso!

Homens que vão à missa, e após ela, já formam uma rodinha para falar mal dos outros, falar dos adversários políticos. Eu odeio isso ! Há, até quem diga que sou sociopata. Nossa, fiquei preocupado! 

Vou começar a seguir os padrões !

Mas sabem quais padrões? OS MEUS ** :

Vou continuar amando Rock 'N' Roll, vou continuar falando com Deus aqui em minha casa mesmo, vou continuar sendo visto com olhos tortos pela sociedade, sim, mas vou continuar como sou:
Alegre, feliz e satisfeito,
pois bem após os cinquenta,
não ter as rugas, mágoas e padrões  de alguns de quarenta......
e o Rock 'N' Roll? Ele me aguenta*****

"Não existe um caminho para a felicidade. A felicidade é o caminho". (Mahatma Gandhi)
Juma Durski



Ao reler esse texto, pois já o havia lido antes, tive ainda maior certeza da minha falta de padrões, se isso ai exposto for falta de padrões... Também não concordo com muitas coisas que se apregoa por ai afora em nome dos “Padrões da Sociedade”.

Em minha humilde concepção muitas dessas coisas que Juma, cita como estando “fora dos padrões” segundo a sociedade, é na verdade, falta de ética, de moral, de amor ao próximo e a si mesmo, pois não sei como alguém pode julgar um seu semelhante pela maneira como se veste, pela maneira como vive ou como se comporta no seu cotidiano. Ninguém tem que seguir os moldes de ninguém, tem sim que se adequar naquilo que lhe faz bem, principalmente se isso promover o bem de mais alguém. Comportar-se como a maioria quer, não garante caráter e nem integridade de ninguém, aquilo que está dentro da alma e do coração, só é conhecido por Aquele que nos criou. Nós mesmos desconhecemos às vezes a força que temos.

Navegando pelo blog do Juma, encontrei uma outra matéria que ao meu ver deve ser destacada como esse bem que ele, com sua Rádio Blog promove.

Destaco a matéria, também na íntegra, onde Juma escreve, e humildemente se diz não saber escrever... Sabe sim, e sabe mais, ele sabe de gente, sabe de pureza, sabe de amor... E mais uma vez comprova isso com o post abaixo. Sem mencionar, que eu mesma já tive espaço no seu blog por três vezes e pasmem, sem fazer nada para merecer isso. Daí, minha admiração por essa pessoa que não poupa tempo para levar sua mensagem de paz e bem. Segue mais um dos posts do nosso amigo Juma.




.....NÉIA ......LUIZ.......E .....ELSA *****
                                              Por Juma Durski

Penso que expressar sentimentos através da escrita é algo místico. Algo que flui em momentos de inspiração, de estados de consciência alterados, como se estivéssemos em sintonia com Deus.

As palavras fluem como uma leve e doce brisa de dentro de nós.
Ficamos compenetrados e em sintonia com a pureza que temos na alma, no coração, e principalmente com a consciência tranquila, isenta de raiva, ódios e pensamentos negativos.
Parecemos voar, voar nas palavras....como se estivéssemos flutuando em brancas nuvens, embalados pelo vento da perfeição, do amor, da paz.

Quisera eu, saber escrever como alguns grandes amigos, que já fizeram esse blog, tornar-se palco de emoções, saudades, gratidão e paz.
Quisera eu, saber escrever divinamente, como esses amigos que parecem ter pacto com a divindade maior. Parecem que suas palavras descem dos céus, coroadas pela nobreza,coroadas pela inteligência. Parecem vir do Cosmos....do universo infinito...pois suas palavras transmitem alegria infinita.

São seres iluminados!
Queria saber escrever como.....
Elsa Luiza Quandt..como Néia Lambert..como Luiz Antonio Domingues !
São pequenos Deuses da literatura, daqueles que poucos conhecem, daqueles que a mídia desconhece, mas que certamente estão acima da fama, acima da notoriedade. Não precisam disso.

Parabéns à vocês!





               Parabéns sim aos queridos escritores, parabéns à Roza de Oliveira, Presidente da Academia Paranaense de Poesia, que já esteve também sendo homenageada e homenageando ao Juma e, a tantos outros não menos importantes que passaram pelo blog. E parabéns especialmente ao Juma, pela iniciativa tão bela, singela e de amizade ao próximo.

               E para finalizar, palavras do próprio Juma para aquela que gestou o ser que ele é hoje, sua mãe. Nada me apraz mais que ver um ser humano fantástico, atribuindo a outro, todo seu merecimento. Isso é louvável.



            Aqueles que o gestaram. Não apenas enquanto homem, mas sua essência. 


"Foi a maior altruísta que conheci.  Sempre tive orgulho, e pensava: A melhor coisa de minha vida é essa mulher....
É à ela, a quem orgulhosamente, com alegria ......chamo de minha Mãe!
Ser seu filho, valeu a pena ter nascido, e viver sabendo que sou seu filho....é antecipar a ida ao paraíso.
Dona Odete.......te amo com todas as forças de minh'alma"!


Essas são as palavras do Juma, para sua mãe. 





Juma, óh... Beijão na tua alma, embora muitos digam que está fora dos padrões esse dizer, mas não estou nem ai, o que importa é o que o coração manda... Então, beijão na tua alma  limpa e pura, com toda admiração que te tenho.

Andrea Cristina Lopes ( pretensa escritora e poetisa) de Cascavel/Pr.