sexta-feira, 24 de junho de 2011

Urgência



Urgência
            Por Andrea Cristina Lopes



Tenho urgência de alegria
Urgência de olhar a vida
Com o que veem seus olhos
E encontrar-me depressa
Com o definitivo.

Urge que o tempo corra
Para que eu não morra
Pedinte
De um pouco de sol
Um pouco de primavera
Em minha vida fria
De solidão e espera








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quinta-feira, 23 de junho de 2011

Encontrei



Encontrei...
            Por Andrea Cristina Lopes


No ávido dos teus olhos
a doçura que meu olhar sonhava
entreguei-me lua clara
no âmago do teu sorriso
mãos afáveis que douravam
de toques os meus cabelos

Abriguei segredo eterno
ao som das palavras esperadas
despertei, íntima, em minha alma
felicidade, jamais sonhada

Alcei vôo, conheci celeste
trajetória dócil,
ondas ornadas dos teus cabelos
me fiz branda de alegorias
e, revelei-me
sem medir conseqüências

Naveguei teus lábios
contornei tua pele
adentrei o mar
toda expressão era vida
em seu frágil delirar

dizias - quero o que existe em ti
mas quero também que queiras
o que de bom existe em mim e assim
desvendou-se me o doce mistério
enigma oculto pelos dias idos
dias idos e não vividos
querendo-te por toda vida

Quanto esperei por teus beijos
quanto almejei esse olhar
se hoje estou mais suave
devo a seus olhos esse sonhar
devo a suas mãos o descanso
mãos limpas que me tocam
na sublime intenção
de acalmar o meu corpo

Cerro tranqüila meus olhos
na convicção de que ao despertar
verei você, primeira efígie
e isso, eu sempre precisei









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domingo, 19 de junho de 2011

Plenitude



Plenitude
          Por Andrea Cristina Lopes


Tudo permanece em silencio
Nem mesmo a  brisa tem iniciativa 
De farfalhar as folhas soltas
Nesse outono levemente frio


As nuvens se dilapidam no céu
O sol tímido se abriga
Trazendo consigo a nostalgia
Do dia que vem sem novidades
Pleno de saudades


O poeta suspira e sorve o ar
Permanece nessa quietude
Onde a paz é a plenitude
Que quer e pode contemplar




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Andrea Cristina Lopes em Poetas Del Mundo


                   Recentemente fui agraciada com uma página em POETAS DEL MUNDO. Gostaria de deixar registrado aqui no DeahCristina - Blogue, toda minha satisfação em fazer parte de um grupo de destaque mundial e com ações reconhecidas pela UNESCO.

A todos os POETAS DEL MUNDO meu abraço muito especial.

        ANDREA CRISTINA LOPES EM POETAS DEL MUNDO




sexta-feira, 17 de junho de 2011

Livres de Espera



Livres de espera
                Por Andrea Cristina Lopes


Já não me indaga mais
a esperança da tua vinda
e não me importuna esse acervo
de horas vazias, vazias de espera
vazios de encantos e vazias
de tantos não vires

Fartas apenas de prantos e dores
ofertadas por tuas mãos às minhas
d'onde por tanto alimentaram-te
os carinhos sem nada pedir-te
a não ser pela cor dos teus olhos
que combateram-me mortalmente
em minha demente e longa
vida de espera, de cúmplice
da tua alma, antes branda,
a melhor comparsa

Satisfaz-me simplesmente pensar que estás
e é assim que o hoje é melhor que o ontem
ou que semana passada, ou que na vida passada
ou … no que no sonho podado e jogado fora
ao pó da boçal amargura
único alimento que ora te sustenta
e resta

E se já nada mais há
ou que ainda me possas dar
dá-me do teu silêncio, da tua alma
desse fruto maior do teu tempo
e poupa-me do veneno cruel
com que te banhas envergando
e matando tua alma, e assim
à minha

Deixas-me, vez mais, te tocar
indo que nas mais longínquas
e remotas lembranças,
não tiras-me o doce sabor de te saber
ser toda esperança de uma meia vida
suspensa e reprimida

Permitas-me, um pouco mais a existência
se a ti mesmo não te permites
comigo, a coexistência
e quiça jamais novamente serás
capaz dum gesto novo, dum sonho novo
com a alma alva e recém amanhecida
em uma manhã clara de sol e plena
de quietude

E nesse silencio que é súplico
lanças-me ainda de teus olhos
um pouco mais e antes do amém
...
não te seja roubado o sonho
por aquilo que não vês
ou não assimilas
ou que te foi pelo tempo, tirado
e que não está em minhas mãos
sôfregas da tuas condutas
decisivas

Furtivo é esse tempo
que nos massacra à vontade
e dela nos arranca sagaz
sem termos horas certas
ou certeiras horas, só mortas horas
num sonho antigo, ora postergado
pela demora do destino
que não cumpre com sua parte
a parte mais bela e real
dessa história




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quinta-feira, 16 de junho de 2011

Sob o luar - teus olhos


Sob o luar – teus olhos
                                                                Por Andrea Cristina Lopes


Teus olhos sob o luar
São trapiches luminosos
D´alma sedenta de amar


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quarta-feira, 15 de junho de 2011

Dor



Dor
    Por Andrea Cristina Lopes


Sufoco meu desespero
meu íntimo, meu grito
e nesse aflito não ter
tenho, só um misto
de tormento
e falta

Sorvem-me flores e lembranças
então dispo-me nos versos
que utopicamente espalhei
sobre o teu peito
lugar onde repousei
todo meu cansaço
e espera

Sofro, morro um pouco
e sofregamente me recolho
ao teu silencio quase mortal
onde nada é mais real
que esse dor
que se prende
nessas lágrimas ocres
e sem ação

Nada é tão intenso
e meu momento é
o desmanchar-me,
intento de desmistificar
o que não se desconstrói
tentativa de vida
onde quase tudo ruiu
ou se perdeu
antes de fluir

O hoje manifesta o tempo
tempo de recolhimento
tempo de parar
e apenas esperar
que o rio siga
na sua paz de sempre
na sua constância de sempre
na sua ânsia
de ir ao mar

Que sigam então suas águas
para outra dimensão
para um outro lugar
onde teus olhos
não retardem tanto
a me entrecortarem
outra vez

E nasçam de novo
novos e atentos
em um outro
momento
menos densos
de contratempos
talvez






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terça-feira, 14 de junho de 2011

Com os olhos do Amor




Com os olhos do Amor
                           
  Por Andrea Cristina Lopes

Friamente é que a tarde se encerra
E a noite calma quase se principia
Meus olhos recebem, então, as bençãos
P'ra presenciar o nascer de novo dia

Elevo meu olhar bem para o alto
O amor dos céus então posso receber
É claridade penetrando-me as células
E minha alma toda se faz estremecer

Amor é dom, é dádiva suprema
Agua limpa para toda sede saciar
Amor é entrega, é perdão, a ternura
Motricidade que ao universo faz girar



               


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