segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Areias



Areias





A minha dor é só minha
É um labirinto vivo por onde
Recorro a mim mesma
E trilho ... Sigo só
Em fatos e circunstâncias.

Caminho e tateio paredes
Relevâncias que vão a lugar nenhum
Onde se esconde a minha certeza
Tão vazia, tão ruída
Fortalecida em tempo
Momento e sonhar algum.

E lá... nesse lugar
A mais certa propriedade que tenho
O brilho da tarde se avizinha
De noite escura
Embrenhada de um ácido sereno.

Minha dor, essa desventura
É nada mais que meu tormento
E um palpitar que nunca me esquece
É dia que se tece longo
E ... Apesar das areias removidas
E lançadas
...
Ao relento.

 
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domingo, 16 de outubro de 2011

De Manhã



De Manhã

                  Por Andrea Cristina Lopes

Não sejamos surpreendidos
Pelo sol que se abre em cortinas matinais
Aguçado pelo desejo
De nos despertar do ainda repouso.

Seja antes, nosso amor
Um próprio dia novo
E um sempre recomeçar
Sempre seja pássaro
Em direção ao pouso.

E depois de enternecer-se
Pelos instantes que ultrapassam a noite
Sem mácula alguma
Logo que a escuridão termina.

Sejamos também, um dia pleno
Iluminado pelo sol ... Seu intuito supremo
De jamais arrefecer
E.. Seguir pacífico

... Sereno

Pela sua incansável rotina.



                     

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segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Displicentes



Displicentes
                        Por Andrea Cristina Lopes


Meus olhos te seguem
Seja qual for a direção que o vento tome
Seja qual for o som
Bramido pelas ondas insanas
Da minha saudade
Sem designação de um nome
Que já não seja o teu.

Até breve, até qualquer lua
Até qualquer passo displicente pela rua
E por sua vez, que meus olhos abstratos.
Sejam de novo subtraídos
...
Límpidos, desapressados, não distraídos
Junção de teus irrequietos olhos
Novamente
Com a calmaria
...
Destes meus.





Brasil, outubro de 2011.



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quarta-feira, 7 de setembro de 2011

De posse dos Teus Olhos



De posse dos Teus Olhos



E, nessas perspectivas
Crio artifícios para esconder-me do tempo
Evito contá-lo
Evito olhá-lo de frente
Para que não se aperceba
Da minha presença aflita.

De posse,
Olho teus olhos macios
E entremeio teus braços fortes
Guardo-me do mundo
Num tempo só nosso
E infinitamente válido.

Saudade, então
Já deveras esquecida
É banida para um mundo distante
Sem sol, sem chuva, nem vento
Apenas constelações
E paragens de sonhos
As mesmas que nos farão eternos
Enquanto juntos
...
E por amanhecer.




Brasil, 09/2011

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terça-feira, 9 de agosto de 2011

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Luz dos meus olhos


Luz dos meus olhos
          
             Por Andrea Cristina Lopes



Se ora me brilha nos olhos
essa luz que de leve passeia,
é que adentraram os teus olhos
feito a lua, quando é noite
em margem espelhada de areia.

…......

É presença tua que me indaga
e que me achega em definitivo
inesperados pelo labirinto
desses meus trôpegos olhos
passivos,
o brilho que não se apaga.

….......

E essa paz que ora me vaga
é fruto dos teus olhos vivos
que dançam, me abalam serena
e passeiam pelo recinto
dos meus frágeis olhos cativos.





                           Brasil, julho de 2011.




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terça-feira, 19 de julho de 2011

Asas


Asas
Por Andrea Cristina Lopes


Há um tempo certo
em que a música toca
e na melodia que suave flui
fluem também todos os sonhos
isentos do ser
e de seu ter razão.

Há um momento certo
em que os encantos se afloram
permitem-se percorrer o firmamento
em busca de um vão no tempo.
Por que a visão
já não se achega aos olhos
mas, coração e alma se juntam
e a mágica acontece.

Há um olhar cativo
que dispersamente
se perde pelo infinito.
Há uma busca.
Uma não compreensão
e um sentimento que se estende
aquém às vistas,
ao que se percebe.

E então, eis que há
uma vontade submersa.
E nessa eloqüência pela vida
nada mais faz sentido
a não ser que teus olhos me encontrem
além deste perplexo
e vago horizonte
...
tão separado e perdido.




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quinta-feira, 14 de julho de 2011

Não há Amor

Não há Amor
                                 Por Andrea Cristina Lopes



Não há o amor
Só a paixão é o que há
É a paixão que desliza
Suaves dedos
Em pele sedenta
De toque.


Não há amor
Por que esse é antídoto
E a paixão que ora queima
É veneno suave
Que ao passo que te tem
Muito mais se quer aceitar.



Ainda não há o amor
Posto que habita
Em teus lábios perfeitos
O furor das cascatas
Que de leve tocam
E logo fogem
Com receio da entrega



Só há dos teus olhos
Um fogo brando
No qual que me lanço
Com toda ânsia e sede
De por inteira
Deixar-me
Incendiar.

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terça-feira, 12 de julho de 2011

Os entretons do vento




Os entretons do vento
                                                    Por Andrea Cristina Lopes


Que nuança basal predomina no vento?
Claridades, sagrações que tem seu tocar,
Ou serão penumbras, tristes variantes,
Soprando alheio a quem não cinge o a.mar?

Qual o gosto sobrepujante no vento?
E quão tátil é seu regelado beijar?
Serão as canduras, antídoto ou segredo
Que deslumbram e induzem o caminhar?

De que será feito o azul firmamento?
Castiçais pacíficos de contínuo alumiar,
Ou um lume que vaga e precipita o tempo?

Serão de estrelas, sóis e prata alva do luar,
Ou cadentes estelares em traçados oblíquos,
Animando a espera do quem sabe acreditar?




***** imagens Google******


sexta-feira, 8 de julho de 2011

Dos teus olhos


Dos teus olhos
Por Andrea Cristina Lopes


Dê-me urgente de teus olhos
Deixa que me preencha essa emoção
Dê-me com urgência de teu olhar
E dessa suavidade que há apenas
Na docilidade das tuas mãos

Dê-me breve de teus toques macios
E de sua voz, legítima sedução
Embale-me os sonhos todos, de amores
Embale-me frágil
De inebriante paixão

Sussurra-me doce
E aos quatros ventos
Espalhe essa chama
Renova-me a vida
E brilho do olhar

Recolha-me as lágrimas
Em teus beijos lenços
E convença minha alma
De que dessa vez
Vieste-me para ficar.




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Amêndoas Doces

Amêndoas doces

Amêndoas Doces

                    Por Andrea Cristina Lopes


Teus olhos são doces amêndoas
Entre dez mil luas, macias.
São ... Enfim, a poesia
Completa ... Já pronta,
Sem carecer de intervenção.
São hierarquias sólidas
Vagas, onde me refugio.
      ...
São as adagas certeiras
Vorazes ... Acesas
São desvario.
Que me furtam
Da razão.





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sábado, 2 de julho de 2011

Momentos ainda Verdes



Momentos ainda Verdes
                                                      Por Andrea Cristina Lopes



E, no entanto, meus olhos
Não tão sapientes,
Silenciosamente dançam
Mãos dadas com teus verbos
Subjuntivos e enlevados

Numa doce ventania

E provo do teu tempo
Experimento meus pés
Desnudados
Saltitando leves
Por sobre pétalas macias
Sem passado
E nem saudade
...
Apenas o agora
simples e sem quimeras
Sôfregas... Atônitas
Postadas em eternidade











































***imagens google***





quarta-feira, 29 de junho de 2011

Eu e Meu Existir




Eu e Meu Existir
                           Por: Andrea Cristina Lopes


Só existo quando meu pensamento voa
voa não sei por que sois
que estrelas e luares
ao que teu existir me muda


Nesse ser e não ser
transmudas minha muda palavra
em versares ...
tão densos, atentos
e precisos


Que te chegam a qualquer sina,
ou iluzão... em delirante febre
que te alcançam em brisa
na areia, movediça ou não


Mas, te alça em canção alta
que ouço e con.sinto
por todos os lugares
isentos ou não de mares
in.contidos silenciosa.mente
nos derradeiros cálices
...

Ou nos calem-se,
para sempre
...
Aos amares



Do Livro Nenúfares sob o Luar - 2011/Editora Multifoco.




             ***


terça-feira, 28 de junho de 2011

Olhos de Lua, derretidos


          ***
Olhos de Lua, derretidos
                                           Por: Andrea Cristina Lopes


Já não quero compor
versos desmedidos,
Antes, refugiar-me
nos sentimentos brisa.

- Amenos -
E com menos
da tristeza.

Quero é pousar
os meus versos beijos
na leveza,
dos teus olhos de lua,
derretidos.

***Postagem por e-mail***

      ***


domingo, 26 de junho de 2011

Final de Festa


Final de Festa
          Por Andrea Cristina Lopes

E vão passando no fundo dos meus olhos
Soltas, lentas, insistentemente belas
Vagam-me, ultrapassam-me
E inquirem-me sobre minhas memórias.

Histórias não minhas
Linhas de tempo tresloucadas
Estradas e barulho
Onde os olhos se fecham
E não contemplam mais nada
Apenas sentem as notas
E os acordes finais.

E suas mãos que deslizam
E seus ouvidos que sorriem
E sua alma extasiada
Flutua...

Nessa hora não há nem lua
Nem há madrugada
Só uma fenda entre a noite e o dia
Resguardando suas almas
De amor, saciadas.
*** imagens google***