sábado, 23 de abril de 2011

Bailar das Almas Enluaradas






Bailar das Almas Enluaradas
                                            Por Andrea Cristina Lopes




Sabe a minha alma e, sabiamente confia
Espelho oculto,  a lua, resplandecerá
Em tuas águas translúcidas do  olhar
Silêncio que te arranca do  peito
O fogo, sem lugar para aconchego

Na distância que emudece tua vista
Que dista e magicamente encandeia
Terás o brilho espontâneo e sóbrio
Dessa tua sempre lua, branca e cheia

Nada me darás, nada precisas me ofertar
Mas, se arrefeça o  meu amor ao te tocar
E estremeça meu corpo, minha alma
Em seu longínquo e vago tatear

E, quando  já não te forem os  passos
Necessários e, nas areias do tempo
Restar o passado aurorescido e calado
Ao longo das noites frias, me colhas
... Apanha-me em lentas e alegres flores
Em perfumes aromáticos de chás

Note-me em lugares singelos, à parte
Onde outros olhos não atingem me adentrar
Nas ruas calmas da tua infância
Em frutas doces sob as árvores
D´onde teu sonho sempre retorna
Para me buscar

E quando tiver de vir venha
A qualquer tempo, venha sem previsão
Se lance em magia a me encontrar
E novamente crianças, dadas as mãos
Voaremos travessos, risonhos
Rumando à lua macia

Nosso sempre branco
E imaculado altar




***imagens google***