No verão, o amor
Balbucio mais uma vez a sua ida
novamente leva para longe o seu calor
nuance que por tantos dias soou-me vida
vida alegre, ousada de melodia e cor.
segue seu caminho já sem olhar para tras
não há dias para esperar, não lhe apraz ficar
é fato seguir, é caminho que ora satisfaz
deixa-me só esse frio, um ocre, um sem lugar.
Serão novos dias, ciclos e ciclos a recomeçar
serão folhas caídas e arvores tão sem vida
será do precoce inverno, o apenas balbuciar.
Segue então, óh entremeio, entre frio e flor
e pelas voltas das sublimes alegrias idas
sempre a esperar novamente o amor.
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