A arte nossa de cada dia... Poesia, música, culinária natureza e harmonia.
quinta-feira, 16 de setembro de 2021
Quais são as tuas verdades?
Solidões
quarta-feira, 8 de setembro de 2021
Antes que o dia finde
... e meus olhos se fechem
preciso apenas de um aparte,
nesse momento que se encerra
essa ponta que quase existe
e ainda resta entre o tudo e o nada
Antes que meus lábios se calem sonolentos
muito o que careço
é um momento de teus olhos
lisos e fugidios para os vales
onde o sol se faz visto
a toda e nova manhã
É só o que preciso
e dizer-te do que se passa
dentro em mim
essa imensidão que não se cala
e não se esvazia de amar-te
sempre e mais
a cada novo dia raiado.
Que sou composta só de sonhos
esses que teço em cada manhã desperta
sonhos leves feito um orvalho
evanecido quando a lua finda
Então, não me deixe ir ainda
não me perca
entre as pequenas estrelas
que gritam, que soam
durante a demora da noite
Não me faça distante
há momentos em que as flores ainda cantam
e repousam... como quem sempre espera
soníferas esferas de alguma luz
macios e claros mantos
réstias de dias antigos
que se deixaram ficar
Acalme por algum tempo
a minha loucura
e adormeça de mim mesma
os meus pensamentos
p´r a que eu poesia
não me faça passar...
Andrea Cristina Lopes
***imagens
google***
segunda-feira, 6 de setembro de 2021
Segundo tempo
Pausas... Um tempo para assimilação do autoconhecimento
Tempo para imersão nas novas tendências vindouras. Despertar para os fatos mais sutis e que durante uma vida passaram de modo despercebido. Indagar os porquês, tomar conhecimento das nossas mazelas, tomar sua mão e acolher as sombras como uma parte de nós mesmos.
Entender nossos processos e lançar luz sobre as obscuridades.
O tempo é cumplice. O tempo é determinante. Há que se caminhar para frente para ter exato entendimento sobre o que direcionou o passado. As dores são mestras que devem ser respeitadas e avaliadas em sua tentativa de ensinamento.
Todo conhecimento externo traz luz sobre o interno do ser. Juntar os fragmentos. Concluir o ciclo e então, lançar-se na nova jornada, arcano inicial, sem pesos, sem culpas, sem excessos... Pouca bagagem, liberação de perdão, do auto perdão e seguir adiante.
Saber e compreender que cada ciclo traz maior amadurecimento, entendimento, de si e do todo. Que a vida é um presente a ser celebrado. Aproveitar a oportunidade de ser, de conhecer, de conhecer-se e de partilhar, de assimilar e assim chegarmos mais perto de ser quem realmente somos. Sem política, sem máscaras, sem disfarces. Num auto acolhimento da nossa criança deixada em alguma margem da caminhada, como já disse Fernando Pessoa.
É tempo. O tempo pede. O tempo lembra. O tempo libera e concretiza.
Bora?!
Andrea Cristina Lopes
domingo, 5 de setembro de 2021
Céu de Santo Amaro - Flavio Venturini e Caetano Veloso
"(...) meu amor... Vou lhe dizer
Quero você
Com a alegria de um pássaro
Em busca de outro verão
Na noite do sertão
Meu coração só quer bater por ti
Eu me coloco em tuas mãos
Pra sentir todo o carinho que sonhei
Nós somos rainha e rei..."
domingo, 23 de junho de 2019
Canção para os sonhos
Final de festa
E vão passando no fundo dos meus olhos
segunda-feira, 8 de abril de 2019
quarta-feira, 13 de junho de 2018
"Amar ao próximo como a ti mesmo".
Se amarmos o próximo como a nós mesmos, porque não aprendemos a nos dar colo e acalentar nossas próprias tristezas, quando tudo que queremos é nos sentirmos novamente crianças e adormecer afagados nos braços do amor? Do amor que protege, do amor que ama! Porque desse amor, que por pura bondade do céu somos eleitos a receber, o afago necessário, o carinho que mudará para sempre nossa existência, não por obrigação de alguém a nos fazer feliz, mas, por nós mesmos, até nos sentirmos bastante fortes para tornar feliz nossa própria existência e assim partilhar com alguém. Mas, por ser desse amor, que nos vem a cura para a criança triste que não aprendeu a ser amada, a sentir-se amada. É daí que vem o antídoto para “desamarelar” nossas páginas e podermos reescrever nossa estória de forma pura, límpida, singela, e tão amorosa que todo aquele que for nosso próximo, transborde também nesse amor.
Seria isso então um resgate? Poderia ser entendido como caridade, partilha, doação?
Sei bem que quanto mais amor se dá, mais amor se recebe, e mais nos tornamos aptos a receber. E se não for assim, como amarmos nosso próximo quando sentimos o amor tão distante de nós mesmos? Tão desconexo, sem entendimentos possíveis? A não ser que, como já disse Fernando Pessoa sobre certa criança deixada na estrada, que não tenhamos compreendido a dimensão desse "amar o próximo como a nós mesmos". Que não façamos a menor ideia de que para amar fora, precisa amar dentro também.
Será que “eu” sei amar o meu próximo?
Talvez precisemos antes, também buscar a nossa criança, que se perdeu do amor há tantos e tantos anos, fazendo-nos nem saber quem somos, porque viemos... Sobre mim, como a maioria das pessoas, sou só a criança aprendendo a amar. Primeiramente à minha própria essência, ao meu “eu” rotulado, amarelado, entristecido, cobrado, melindrado, ameaçado pelas circunstâncias dos dias, os mesmos que me fizeram um dia esquecer quem sou, e não me deu a entender a que vim...
E se sofro das mesmas mazelas e dores que tantos desses meus próximos, estou aprendendo e quando eu souber realmente me amar, me perdoar pelas minhas falhas, pelas minhas pequenezas, pelos enganos, pelos desenganos, pela minha fome sentimental que se sobrepõe à fome física, então saberei também amar o meu próximo como Jesus sabiamente ordenou? Saberei? Quando eu puder sentir da dor do outro e elevar meu espírito a um estado mais nobre onde a lei seja o amor, talvez seja digna do mandamento precioso de Jesus: “Ama o próximo como a ti mesmo.”
É tanto que se resguarda nessas entrelinhas: ama teu próximo como a ti mesmo. Perdoa teu próximo, pois será perdoado. Abençoa mil vezes teu próximo, quando no auge da raiva, te sentires deixados, perdidos, rejeitados, ignorados. Parece fácil amar o próximo, sermos bons com outréns porque são eles filhos de Deus e merecem ser amados e felizes, assim como cada ser que veio a este mundo. No entanto, por vezes esquecemos que somos todos filhos Dele, do mesmo Deus e que por herança, recebemos do Pai, todo amor, todo afago, toda proteção que necessitamos para nos sentirmos amados, para nos amarmos e podermos de coração aberto e alma em festa, amar nosso próximo, como a nós mesmos.
Aprender a amar leva tempo, requer dedicação, vontade, pureza de alma e acima de tudo, uma vontade muito, mas muito grande de experimentar esse sentimento puro do amor. Não o amor sensual que se revela apenas entre dois seres, mas o amor no mais amplo sentido da palavra, aquele que olha de cima e tudo vê, tudo pode, tudo pressente.
Amar é só o que há... Mas onde?
quinta-feira, 15 de setembro de 2016
Adentra a noite
***imagens google***
terça-feira, 6 de outubro de 2015
NOITE E DIA
essas coisas que despertam
barulho, susto, água fria
tudo na minha cara
mais nenhum sonho por perto
essas coisas que adormecem
vazio, escuro, calmaria
tudo que lembra morte
quando nada mais dá certo
essas coisas sem poesia
uma noite só noite
um dia só dia
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
Poética
De manhã escureço
De dia tardo
De tarde anoiteço
De noite ardo.
A oeste a morte
Contra quem vivo
Do sul cativo
O este é meu norte.
Outros que contem
Passo por passo:
Eu morro ontem
Nasço amanhã
Ando onde há espaço:
– Meu tempo é quando.
*** imagens google***