Longos dias
Por Andrea Cristina Lopes
Por vezes penso que apenas fechei os olhos
e que logo mais
a igreja repicará insistentemente
o sino das horas,
que o tempo não se deu
e que já é tempo de a tempestade findar.
Que ao abrirem-se as janelas dos meus sonhos
sob o som estridente chamando para dia,
em respingos de luz na cortina,
verei tudo igual, como sempre quis,
como sempre sonhei pelo infinto
em que se deu a crença.
E a verdade será o amor
o domínio e a permanencia do amor brando
sem tolices... sem quimeras
e sobretudo sem nenhuma demora
porque essa, arrasa aos dias
e amedronta deveras quando é noite
se a luz se armazena
em horas, horas e horas a fio...
de uma sempre inútil
e inquietante espera.
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