Meios e termos
Por Andrea Cristina Lopes
As flores prosseguem
estrelas morrem
estrelas nascem
todo o universo
enfim conspira
eu ainda não sei
a que vim.
De tudo que já quis um dia
ou que ainda quero
já não sei como medir
não sei como entender
ou esperar
então só espero
e procuro
não me amargurar.
E isso agora meu Deus?
Que me perde da noção
do que ainda me tenho
e direciona-me
tanto que não há outras ruas
para onde se siga
e nem becos
onde eu possa
esconder-me.
E sem meios
sem termos
ou termos e meios
passeia meu querer
e seu destino
a tudo mais
finito e
alheio.
Este poema estará em meu próximo livro, já em edição: VERSOS VERDES